Zelda: Twilight Princess

Enfim, Decidimos que projeto iremos fazer. Eu falo que é um projeto no qual terei maior carinho porque é desde a 8° série que Rod falava que eu era parecida com a Zelda. Eu sempre fui fã dos Jogos Nitendista sobre Zelda, claro que meu predileto é o Ocarina Of Time, mas estou doidinha para o Rod comprar o Wii dele para eu invadir e ver o meu mais novo Xodó ^^


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É como diz o título: "Zelda" é uma lenda, em todos os sentidos. A mitológica franquia imaginada por Shigeru Miyamoto chegou a esse status ao combinar revolução com um design de game magnífico. O primeiro game, para NES, praticamente inventou o gênero "action adventure", trazendo esse misto de ação e exploração num mapa enorme, um tipo de game bem mais complexo que seus contemporâneos.

Se "A Link to the Past", para Super Nintendo, não trouxe tanta inovação, "Ocarina of Time", para Nintendo 64, o fez por atacado. Mais uma vez, formatou um estilo de jogo, desta vez o mesmo "action adventure", só que em 3D. Sabe esses jogos de ação que trazem um botão para "travar" a mira no inimigo? Certamente outros jogos já usaram o sistema antes, mas foi "Ocarina" o pioneiro a usá-lo com maestria, sendo base para os títulos que vieram depois.

Já "Wind Waker" ficou envolto em polêmica. Apesar do sucesso da crítica, o seu visual que imita desenho animado dividiu opiniões entre o público. Disposta a não correr esse risco novamente, "Twilight Princess" optou pela fórmula de "Ocarina of Time", com um visual mais "realista". Porém, por outro lado, a Nintendo não conseguiu ir além, e a inovação que marca a série não se faz presente desta vez. Não com a mesma intensidade.

Quando o Sol se põe

"The Legend of Zelda: Twilight Princess" é um jogo de ação e exploração. Sua principal característica são os quebra-cabeças e desafios engenhosos, além de ter muita procura por segredos e combates. O presente episódio também reforça um lado mais "cinematográfico", no sentido de possuir mais cenas não-interativas que o de costume. Mas é tudo em tempo real.

"Twilight Princess" é o "Zelda" mais maduro da série. Ainda que mantenha os elementos de fantasia que o caracterizam, definitivamente, este episódio é mais sombrio. A história se passa mais de cem anos depois de "Ocarina of Time". Link agora é um "caubói" na vila de Ordon.

Mas sua tranqüilidade acaba quando seres amedrontadores começam invadir o reino de Hylure, através de um misterioso portal. Ele é a conexão para o sombrio mundo do crepúsculo (twilight, em inglês). Quando Link é sugado para esse mundo, ele perde sua forma humana; passa a ser um lobo. Na prisão, encontra-se com Midna, uma criatura ao mesmo tempo graciosa e com um quê demoníaca, que ajuda o herói em sua jornada, porém, suas intenções estão envoltas em mistério.

O enredo parece estar em sintonia com aqueles que cresceram acompanhando a franquia. A premissa não é das mais originais, mas o desenrolar da história é conduzido de forma competente, como sempre. Naturalmente, o jogador deve esperar por muitas reviravoltas.

Cara de um, focinho do outro

A semelhança entre "Twilight Princess" e "Ocarina of Time" não está apenas no estilo artístico, mas em grande parte dos personagens e criaturas deste freqüentam o mais recente episódio. Alguns cenários também retornam, provocando um feliz reencontro para aqueles que jogaram o clássico para Nintendo 64.

Como dito, o presente capítulo não traz muitas inovações, mas o pouco que foi incluído aqui, caso de alguns itens, acrescenta diversão numa série que se orgulha de ter um design de jogo magistral, e isso não é diferente agora.

Os controles são similares aos antecessores. Link anda, corre, monta em sua égua Epona, rola no chão, usa itens e armas. O pulo é acionando automaticamente quando você tenta avançar um vão. Os movimentos quando em forma de lobo são praticamente os mesmos, mas você fica impedido de usar itens e subir escadas, por exemplo. No entanto, você poderá cavar e usar os sentidos aguçados, como poder "enxergar" espíritos e rastros de cheiro, entre outras coisas.

Onde as diferenças aparecem

O game foi lançado tanto para o Wii como o GameCube e é nos combates que essa diferença aparece. O sistema é mais equilibrado no velho console, principalmente pelo fato do golpe giratório não ser tão fácil de acionar. No GameCube, é preciso manter o botão pressionado por tempo - uma boa mudança é que Link pode carregar o golpe sem dar uma espadada "normal" antes, pois os golpes são acionados quando se solta o botão. Assim, você precisa planejar para usar esse golpe potente.

Porém, no Wii, basta chacoalhar a extensão Nunchuk para o golpe sair num instante. Os combates já não são dos mais difíceis e esse golpe ser realizado assim tão fácil desequilibra ainda mais as lutas. Os problemas continuam mais tarde, quando Link aprende a usar um escudo, que exige o movimento do Nunchuk. É muito fácil sair um movimento quando você tinha intenção de fazer o outro. Apesar dos golpes normais serem feitos movendo o Wii Remote, isso não chega a acrescentar muito na experiência de jogo. Talvez fosse melhor o jogador poder escolher entre o esquema do Wii e o do GameCube, baseado somente em botões.

No entanto, nas cenas de tiro, como o do estilingue e do gancho, o Wii Remote é muito mais rápido e preciso. Isso fica especialmente evidente nas cenas que se combina o uso de projéteis e a montaria em Epona. Minigames, como o de pescaria, também ficaram mais divertidos no Wii. Já para controlar a visão, o controle normal se mostrou mais prático.

O game é praticamente o mesmo para as duas plataformas, mas os cenários estão espelhados entre um e outro. Isso se reflete no protagonista: na versão para Wii, ele é destro, para acompanhar a configuração do Wii Remote, no qual o jogador segura com a mão direita; no GameCube, Link é canhoto, como sempre foi. É apenas um detalhe, mas o suficiente para irritar puristas.

Vitamina para os neurônios

A franquia tem tradição em produzir enigmas e quebra-cabeças geniais e isso a elevou ao patamar de lenda. "Twilight Princess" passa com louvor no teste, trazendo alguns mecanismos e truques realmente inventivos. Há desde um enigma simples, que se resolve com uma única ação, até os mais intrincados, como visto em algumas das "cavernas" do game. Aliás, muitas delas você tem nomes familiares, apesar de a estrutura ser, obviamente, inédita.

A dificuldade é bem equilibrada. Alguns quebra-cabeças são resolvidos rapidamente, mas outros podem exigir um tempo considerável. Todos são lógicos e as soluções, recompensadoras. Ouvir o famoso efeito sonoro incidental, sinal que você resolveu o enigma, provoca uma satisfação como poucos games.

Há o perigo de empacar na solução, e isso certamente é frustrante, mas muitos personagens ajudam com dicas, sem nunca revelar o mistério por completo. No final, você deverá estar dando um tapa na testa por não ter enxergado solução tão óbvia, que estava debaixo de seu nariz.

Por outro lado, as lutas decepcionam, principalmente contra os chefes, pelo baixo nível de dificuldade. Aqui, a inspiração passou um pouco longe. Os combates normais também não exigem, em sua maioria, mais que ficar dando espadadas a esmo. Há apenas uma caverna opcional em que a luta é realmente difícil.

Há também uma série de minigames, alguns obrigatórios, mas muitos opcionais. O game leve cerca 40 horas para terminar, sem fazer grande parte dos extras, como caçar os pedaços de coração e outros segredos. De longe, é o mais "recheado" "Zelda" já feito até hoje. E não se trata de enrolação: é conteúdo puro.

O mundo de Hylure está maior que nunca e as áreas alcançáveis aumentam à medida que você conseguir novas habilidades e itens.

O fantástico mundo de Hylure

Para o GameCube, "Twilight Princess" representa um dos visuais mais impressionantes para a plataforma. Porém, no Wii, cujo potencial ainda é uma incógnita, não é possível deixar de sentir certa decepção, por mais que o console de nova geração da Nintendo não tenha uma tecnologia sofisticada como a do Xbox 360 e o PlayStation 3.

Os ambientes são grandes, possuem muitos objetos e são ricamente detalhados. Porém, chama a atenção pelas texturas em baixa resolução. Ao menos, o desempenho é excelente, e há pouquíssima lentidão em todo o jogo. Os serrilhados incomodam um pouco, principalmente usando um cabo de vídeo componente, mas há um efeito de luz suave nos objetos (o efeito "gloom") que disfarçam o limite dos pixels, além de trazer um efeito fantasioso.

A parte artística compensa a tecnologia. Cada um dos mundos, o "real" e o do crepúsculo, tem um visual antagônico. O primeiro tem cores alegres e traz um clima bucólico. Já na terra das sombras, o tom é de fim de tarde, daqueles que prenunciam um apocalipse. Aqui, o "gloom" é ainda mais acentuado.

Os personagens também estão excelentes, muito fiéis às ilustrações conceituais. Expressividade é a palavra-chave. Todas as "atuações" e animações foram capturadas de atores de verdade e o rosto dos "bonecos" transmite emoções do mesmo jeito que os desenhos animados, com seus grandes olhos. A princesa Zelda está mais bela que nunca. Midna também é outro destaque, mesclando fofura e também certo ar demoníaco. OS inimigos também são criativos, apesar de também repetir muitas criaturas.

A trilha sonora remete, também, a "Ocarina of Time", no bom e no mau sentido. Para os fãs da série, é muita emoção ouvir peças que se referem a uma das mais marcantes trilhas dos games. Melhor seria se a qualidade sonora estivesse à altura. O som sintetizado do game tem evidentes qualidades, mas não se compara a uma gravação com orquestra real. "Zelda" e seus fãs certamente merecem isso. Se antes não era possível devido ao pequeno espaço de armazenagem - os discos de GameCube tem menos da metade da capacidade de um DVD -, agora, não há desculpa, pelo menos na versão para Wii.

Os efeitos sonoros são competentes e, no Wii, há também o auxílio da caixa acústica que fica embutida no controle. Apesar de o recurso ser interessante, o som que ele produz não é encorpado, e mais parece de uma alto falante de baixo custo. Além disso, o som pode ficar interrompido dependendo da conexão com o console. A falta de dublagem também não condiz com uma superprodução que levou quatro anos para ser concluída.

Nasce mais uma lenda

Ainda que não inove como os antecessores, "The Legend of Zelda: Twilight Princess" é um dos melhores lançamentos dos últimos tempos. Trata-se de uma despedida mais que honrada para o GameCube, e um excelente começo de carreira para o Wii.

Ambas as versões se equivalem, pois a Nintendo não conseguir fazer diferença com o sensor de inclinação do Wii Remote. Ao contrário: em determinadas ocasiões é pior que o controle convencional, pois permite fazer golpes poderosos muito facilmente e é ruim para controlar a câmera. Por outro lado, as cenas de tiro ficam muito melhores.

O jogador não deve ser deixar enganar pelo começo lento do game, pois, em pouco tempo, as coisas começam a ficar mais emocionantes. Esse é um jogo que quanto mais você avançar mais vai prender sua atenção. "Twilight Princess" se junta com honras à mitológica franquia de Shigeru Miyamoto.

Fonte: Uol Jogos

2 Comentários:

Anônimo disse...

--> Princess Zelda Wallpaper <--

Do not cover the signature.

Anônimo disse...

http://goldprincess.deviantart.com/art/Princess-Zelda-Wallpaper-37720710